Projeto Fênix

Introdução

Estudo da rede colaborativa MapBiomas publicado em 2021 revelou que, entre 1985 e 2020, 9% da área total do Bioma Caatinga se tornaram suscetíveis à desertificação. Esse cenário devastador ameaça diretamente 112 municípios, cuja situação foi classificada como grave ou gravíssima. A solução para esse problema existe e se baseia na Ciência e na Tecnologia. E será apresentada de forma resumida neste documento.

Modelagem Sustentável

O Projeto Fênix foi concebido segundo o Flogen Sustainability Framework, criado pelo cientista canadense Florian Kongoli, PhD, Presidente do Conselho da Atlantica Green Tech da Flogen Stars Outreach, instituição que organiza a maior conferência sobre Sustentabilidade através da Ciência e da Tecnologia do mundo, o SIPS. O evento acontece todos os anos em diferentes nações e conta com uma comunidade com milhares de cientistas de mais de 80 países, entre eles mais de 30 vencedores do Prêmio Nobel. O Doutor Florian é membro de algumas das principais academias de ciências do mundo. Foi convidado a apresentar seu framework em conferências nos cinco continentes, inclusive na sede da ONU, em Genebra. A forte ligação com o Brasil lhe o rendeu o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro. É CEO da Flogen Tech.

Flogen Sustainability Framework, nome original da modelagem, define critérios e atores da Sustentabilidade - resultado do equilíbrio entre preservação e recuperação do Meio Ambiente, Desenvolvimento Humano e Crescimento Econômico - apoiados em Ciência e Tecnologia, Educação e Sociedade Civil e, finalmente, Poder Público e Inciativa Privada, todos igualmente fundamentais para o sucesso de qualquer projeto.

Escopo

Recuperação ambiental de regiões altamente suscetíveis à desertificação, beneficiando primariamente os pequenos produtores rurais.

A ação contará com a implantação de sistema de agroflorestamento baseado na integração de elementos da natureza e de inovações desenvolvidas em laboratório, com alto nível de automação. As soluções serão customizadas a partir de análises de solo e do potencial hídrico de cada propriedade.

Assim, na área florestada, alia-se agricultura sintrópica para a produção de frutas e tubérculos, com pecuária, bem como aquicultura, com hortas verticais, respeitando as peculiaridades de cada área.

As sementes e mudas utilizadas serão desenvolvidas com Nanotecnologia. Esse campo de estudo e pesquisa atua nas escalas molecular e atômica e é cada vez mais utilizado nas indústrias química e farmacêutica, bem como no desenvolvimento de novos materiais. Agrega alto valor por reduzir custos e aumentar a produtividade. Todos os nanobiodefensivos, nanobiofertilizantes e nanobioprodutos usados serão customizados para o bioma e demandarão uso muito menor de defensivos e fertilizantes químicos.

Cada núcleo implantado contará com uma biofábrica, cuja missão é desenvolver biotecnologias e criar um banco de germoplasmas in vitro com diversas variedades vegetais que se adaptam à sua região. O objetivo é obter espécimes com fidelidade genética, qualidade fitossanitária, alta escalabilidade e menor tempo de maturação e, assim, produzir sementes e mudas mais resistentes e eficientes.

Em relação à questão hídrica serão adotadas, conforme necessidade, soluções que vão desde a perfuração de poços à implantação de barragens subterrâneas, além da utilização de irrigação superficial e subterrânea.

Toda energia utilizada será de fonte renovável.

Ibimirim: Projeto Piloto

O primeiro núcleo será implantado em Ibimirim, cidade localizada no sertão pernambucano. O município tem área total de 1.901 km², dos quais cerca de 230 km² compõem o Parque Nacional do Catimbau, que tem um total de pouco mais de 620 km².

São mais de 26 mil habitantes com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,552.

Expectativa de Resultados

Resultados de laboratório e parâmetros definidos por entidades oficiais no Brasil e no mundo nos permitem prever os seguintes resultados a cada km² implantado:

· Plantio de 100 mil árvores

· Sequestro de 8 mil toneladas/créditos de CO₂ em 20 anos;

· Capacitação de 3 profissionais de nível superior e 15 de nível técnico;

· Geração de 18 empregos diretos e 24 indiretos;

· Produção agrícola anual de mais de 300 toneladas;

· Receita anual de mais de R$ 1 milhão;

· Arrecadação tributária anual de mais de R$ 200 mil;

· Aumento de potencial hídrico superior a 250%;

· Redução de temperatura média de até 2ºC na área beneficiada.

Equipe Científica 

O projeto conta com a participação de dezenas de cientistas brasileiros e estrangeiros. O CSO, Chief Science Officer, é o Prof. Ms. Wilson Souza de Mendonça. O setor de pesquisa e desenvolvimento é liderado pela Profª. Ms. Natércia Antunes Gonçalves, Diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

O professor e pesquisador do Departamento de Química Fundamental da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Prof. Dr. Severino Alves Júnior, membro titular das academias Pernambucana e Brasileira de Ciências, é consultor técnico do projeto.